Vou-me embora pra Pasárgaddad
Paródia de Alexandre Oliva de "Vou-me embora pra Pasárgada", de Manuel Bandeira (que jamais será vermelha).
Vou-me embora pra Pasárgaddad Rei, amigo, não há mais Morto e enterrado há séculos Ciro, o Grande, lá jaz Vou-me embora pra Pasárgaddad Vou-me embora pra Pasárgaddad Aqui não será feliz E existir será aventura De tal modo inconsequente Se Jair, o da tortura Fascista e falso doente Vier a ser presidente Eleito pra ditadura Tão logo volte a suástica Fugirei de bicicleta Pra longe do burro brabo Que resgata o pau-de-arara E choques pra nos domar! Não quero ser afogado Em balde d'água do rio. Lá, as crianças na escola Ouvem contar a História Que no tempo de eu menino Ninguém podia contar. Vou-me embora pra Pasárgaddad. Em Pasárgaddad tem tudo, Real civilização! Tem um processo seguro De contar a votação! Tem telefone InternÉtico Sem fake news de maldades Mas com verdades bonitas Para a gente divulgar. E se aqui estiver bem triste Assim de temer jair E então a noite cair Matando com seu coturno... — Lá, não preside o Haddad, Mas com a Manu de vice Deu Lula, sem outro turno! Vou-me embora pra Pasárgaddad.