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emiliano laneri elaneri en gmail.com
Lun Ene 20 19:25:16 UTC 2014


Hola a todos otra vez, finalmente decidí que la licencia creative commons,
es la que mejor se aplica a mi caso, por si les interesa les dejo un
linkde la pagina que se encuentra en desarrollo
http://elaneri.com.ar/web/# , las criticas constructivas seran bien
recibidas.

Saludos a todos y gracias =)


2014/1/8 Ana Maria Albuquerque <anamalbuquerque72 en gmail.com>

> Olá Bruno,
>
> Na verdade, o uso de softwares por pais para colocar regras e evitar um uso
> abusivo deve nunca substituir o diálogo mas o complementar. Muito obrigada
> pela sua resposta. Sempre aprendo algo de valioso nesta lista de discussão.
> Autonomia é fundamental. Obrigada pela orientação, pois achei muito válido
> os argumentos por você usado e que me auxiliam também a entender melhor o
> posicionamento de alguns dos pais que entrevistei para  o livro. Valeu!
>
> Abraços,
> Ana Maria.
>
>
> Em 7 de janeiro de 2014 15:41, Bruno Félix Rezende Ribeiro <
> oitofelix en riseup.net> escreveu:
>
> > Olá Ana.
> >
> > Aplaudo seu ativismo pelo software livre e a sua iniciativa de usá-lo na
> > educação.  O uso de software livre em tal contexto é imprescindível para
> > a formação de cidadãos que valorem sua própria liberdade e a
> > solidariedade de sua comunidade, e que, portanto, compreendem a
> > importância da construção de uma sociedade forte, capaz, independente e
> > livre.
> >
> > No processo de aprendizado sobre o software livre e sua filosofia é
> > importante entender os preceitos em que esta se baseia.  Em particular o
> > imperativo de que o usuário deve ter o controle de sua própria
> > computação.  Dentro dessa linha, eu gostaria de citá-la:
> >
> > > Lendo literatura especializada sobre uso compulsivo descobri que
> > > existem alguns sofwares que auxiliam no tratamento no processo de
> > > desintoxicação das tecnologias, ao desenvolver softwares que são
> > > programados para que alguns dispositivos móveis se desliguem a partir
> > > de um determinado horário, ou um dia ou mais dias.
> >
> > > Acredito que estas tecnologias são úteis para o estabelecimento de
> > > regras no uso das tecnologias por jovens e seus familiares junto com
> > > um acompanhamento psicológico.
> >
> > É importante salientar que tais tecnologias só seriam benéficas ao
> > particular indivíduo envolvido se ele tiver o controle sobre os
> > programas que executam no seu dispositivo de computação.  Portanto, tome
> > como exemplo uma criança que usa um computador por período de tempo
> > demasiadamente prolongado na visão dos pais. Antes de tudo, como essa
> > criança está usando um computador é estritamente relevante que ela
> > conheça sobre os seus direitos humanos digitais quanto às liberdades de
> > uso, estudo, modificação e redistribuição de todo e qualquer programa
> > que ela execute em tal computador (presumindo claro que ela usa
> > unicamente software livre, pois do contrário isso seria um dano --- e
> > não um benefício --- disfarçado de "inclusão digital").  Em tal contexto
> > se torna óbvia a legítima habilidade da criança em configurar o
> > computador para funcionar por quanto tempo e da maneira que ela quiser.
> > Sendo assim, se forem utilizados programas que limitem o uso de um
> > computador (que é o que você descreve), isso deve se dar com o
> > consentimento explícito, e sob a demanda, do usuário em questão, a
> > criança no caso. Do contrário estaria-se ferindo o mesmo princípio que é
> > dever de todo bom cidadão defender: a liberdade do indivíduo na
> > realização de sua própria informática.  É claro, que, provavelmente, a
> > criança em questão optaria pelo uso irrestrito de seu dispositivo
> > computacional, como ela já fazia até então, logo anulando os esforços de
> > regulação pretendido pelos pais ou educadores.
> >
> > A situação se mostra, portanto, tanto paradoxa como contraditória:
> >
> > "Como posso eu limitar o uso que meu filho faz de seu computador, sem
> > ferir a sua liberdade?  Como posso fazê-lo sem tomar o controle que ele
> > tem, por direito humano, sobre suas próprias atividades realizadas em
> > sua própria máquina?"
> >
> > A resposta imediata para isso é: você não pode.  Por definição, regular
> > as ações que uma pessoa realiza dentro do âmbito de sua própria vida e
> > que primariamente afetam a ela própria, é negar a essa pessoa a
> > liberdade e autonomia, que ela tem direito a exercer, na execução de tal
> > atividade.  Então, temos de optar exclusivamente entre dar o controle
> > que o indivíduo (a criança no caso), merece --- e tem direito, como
> > qualquer outro ser humano --- sobre sua informática; e negar tal
> > liberdade exercendo o controle (um meio maléfico, diga-se de passagem),
> > para fins supostamente benéficos de "desintoxicação".
> >
> > Como educadora, você tem o dever moral de garantir a integridade dos
> > direitos e dignidade de seus educandos.  Logo, perceberá, que apesar de
> > poder impor, ou sugerir que sejam impostas, sansões e controle, não deve
> > fazê-lo; pelo bem deles próprios, para o seu bem e para o bem da
> > formação da sociedade livre em que desejamos viver.
> >
> > No entanto, partindo do pressuposto que a alegada "intoxicação" digital
> > é um problema, como podemos resolvê-lo?  Essa é uma ótima questão sobre
> > a qual você e muitos outros psicólogos dedicam vidas de pesquisa.  A
> > resposta pode ou não estar concernida no âmbito digital.  Se ela
> > estiver, no entanto, certamente a resposta não é ensinar às crianças
> > dependência, submissão ou autoritarismo, conceitos, maléficos estes, que
> > derivam tanto do uso de software privativo quanto do estabelecimento de
> > regras artificias --- normalmente não compreendidas pelos regulados a
> > despeito da alegada sabedoria dos reguladores --- provenientes daqueles
> > que se encontram em posição de exercer poder sobre outros indivíduos.
> >
> > Eu não sou um especialista em educação ou psicologia, mas acredito que a
> > reposta pode estar inerentemente ligada a conscientização do indivíduo,
> > que precisa entender por seu próprio meio e capacidade de julgamento,
> > como melhorar e fazer um mundo melhor; discernir entre seus direitos e
> > deveres; e sobre tudo, aprender o princípio da boa vontade.
> >
> > Por que você não começa ensinando (como talvez já deva estar fazendo)
> > aos pais e crianças sobre a filosofia do software livre, e da cultura
> > livre em geral?  Se você tiver sucesso certamente livrará não só as
> > crianças, como também os pais, de práticas danosas como o uso de
> > programas privativos ou de SaaSS (Serviço como um substituto de software
> > --- do inglês "Service as a Software Substitute") que é um problema que
> > pode ser ainda mais grave que o software privativo isoladamente.  Dessa
> > maneira, as crianças (e os pais, também para dar o exemplo mas não só)
> > irão parar, e também influenciar outras pessoas a pararem, de usar
> > facebook (monstruoso mecanismo de monitoramento), Skype e Microsoft
> > Windows.  Elas entenderão o valor da liberdade e privacidade que tanto
> > precisamos nesse tempo que ambas são constantemente ameaçadas.  Talvez
> > por si só, como efeito colateral, isso "cure" aquele "vício" que
> > derivava de uma busca incessante e abusiva por auto-satisfação, pois as
> > crianças (e os adultos!), irão perceber seu lugar de responsabilidade na
> > sociedade quanto aos outros seres humanos com quem convivem,
> > fortalecendo a solidariedade, cooperação e preservação de direitos.
> >
> > Se apesar de tudo, o "vício" não for "curado", certamente seus esforços
> > não terão sido em vão, e claramente, uma contribuição significativa você
> > terá feito à sociedade.
> >
> > Obrigado por todas as suas contribuições já realizadas ao movimento de
> > software livre, como uma ativista e usuária, e que estas possam ser ainda
> > maiores no futuro.
> >
> > Saudações.
> >
> > ---
> >  ,= ,-_-. =.  Bruno Félix Rezende Ribeiro (oitofelix) [0x28D618AF]
> > ((_/)o o(\_)) There is no system but GNU;
> >  `-'(. .)`-'  Linux-libre is just one of its kernels;
> >      \_/      All software should be free as in freedom;
> >
>
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