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A FSFLA uniu-se em 2005 à rede de FSFs, anteriormente formada pelas Free Software Foundations dos Estados Unidos, da Europa e da Índia. Essas organizações irmãs atuam em suas respectivas áreas geográficas no sentido de promover os mesmos ideais de Software Livre e defender as mesmas liberdades para usuários e desenvolvedores de software, agindo localmente mas cooperando globalmente.

O que é a Fundação Software Livre América Latina (FSFLA)

A Free Software Foundation Latin America (FSFLA) é uma organização formada por pessoas que acreditam no Software Livre, que se uniram para promover e defender o uso e desenvolvimento do Software Livre e o direito das pessoas de usar, estudar, copiar, modificar e redistribuir software. A Constituição da FSF América Latina detalha nossa missão e objetivos.

FSFLA é uma organização irmã da Free Software Foundation (FSF), Free Software Foundation Europe (FSFE), e Free Software Foundation India (FSFI).

Estrutura

Os membros da FSFLA formam um conselho que é responsável pelas ações e posições da FSFLA, baseado na sua missão e objetivos, e em sugestões da sua comunidade de voluntários e das suas organizações irmãs e parceiras. Os membros atuais são:

  • Alexandre Oliva
  • Andres Ricardo Castelblanco
  • Daniel Yucra
  • J. Esteban Saavedra L.
  • Luis Alberto Guzmán García
  • Octavio Rossell
  • Oscar Valenzuela
  • Quiliro Ordóñez Baca
  • Tomás Solar Castro

Observadores do conselho

A FSFLA convida participantes externos para o seu conselho por diversas razões: para fortalecer seu relacionamento com outras organizações, para manter seus antigos membros em contato, e para conhecer melhor pessoas que estão interessadas em se tornar membros da FSFLA. Os observadores atuais do conselho são:

  • Adriano Rafael Gomes
  • Alejandro Forero Cuervo
  • Alexander Cadavid Giraldo
  • Alvaro Fuentes
  • Anahuac de Paula Gil
  • Beatriz Busaniche, ex-membro do conselho da FSFLA
  • Carolina González
  • Christiano Anderson
  • David Domenech Castillo
  • Eder L. Marques
  • Elkin Botero
  • Exal de Jesus Garcia Carrillo, ex-membro do conselho da FSFLA
  • Fabianne Balvedi
  • Franco Iacomella
  • G. Nagarjuna, representando FSF India
  • Gabriel Saldaña
  • Georg Greve, fundador e ex-presidente da FSFE
  • Glauber de Oliveira Costa
  • Gustavo Sverzut Barbieri
  • Henrique de Andrade
  • Harold Rivas
  • Islene Calciolari Garcia
  • Jansen Sena
  • Javier Barcena
  • Jomar Silva
  • Jorge Jerónimo Benavides E.
  • Karsten Gerloff, representando FSFE
  • Kenny Ossa
  • Leo Arias F.
  • Mario Bonilla, ex-membro do conselho da FSFLA
  • NIIBE Yutaka, representando Free Software Initiative of Japan (FSIJ)
  • Octavio Ruiz Cervera
  • Omar Botta
  • Omar Kaminski
  • Paola Miño Quintero
  • Pedro Rezende, ex-membro do conselho da FSFLA
  • Ramiro Castillo
  • Richard Stallman, representando FSF
  • Roberto Salomon
  • Rubens Queiroz de Almeida
  • Sócrates Piña Calderón

Equipes de trabalho

A FSFLA tem diversas equipes de trabalho onde qualquer pessoa pode participar e fazer parte das atividades da FSFLA. Sua ajuda é muito bem-vinda!

Ex-membros do conselho

  • Beatriz Busaniche
  • Enrique Chaparro
  • Exal de Jesus Garcia Carrillo
  • Federico Heinz
  • Fernanda G Weiden
  • JuanJo Ciarlante
  • Mario Bonilla
  • Pedro Rezende

Constituição da FSF América Latina

Constituição da FSF América Latina

1. FSF América Latina (doravante FSFLA) é uma organização cuja missão é promover e defender a liberdade e os direitos dos usuários e programadores com relação ao software, especialmente a liberdade de desenvolver, usar, redistribuir e modificar todo o software que usam.

2. A FSFLA fomentará a participação de atores regionais no contexto global para resguardar o marco jurídico e filosófico do Software Livre, atuando em conjunto e de maneira articulada com as demais FSFs (Free Software Foundations) para promover e defender o Software Livre e para acompanhar e influir nas políticas que estejam relacionadas a ele. Para isso, fará:

3. FSFLA é a organização irmã Latino-Americana na rede mundial das Free Software Foundations, todas com a mesma missão.

4. FSFLA é organizada como um grupo de indivíduos que forma seu conselho.

5. FSFLA pode estabelecer braços jurídicos como for necessário ou conveniente para realizar sua missão.

O conselho

6. O conselho é o corpo tomador de decisões da FSFLA. Cada decisão e ação tomada pela FSFLA deve ter tido aprovação prévia pelo conselho.

7. O conselho pode decidir delegar, para indivíduos ou grupos de indivíduos, autonomia para tomar decisões e ações representando a FSFLA, dentro de um determinado escopo. Enquanto esta delegação estiver em efeito, os delegados têm aprovação prévia do conselho para ações especificadas na decisão de delegação, mas relatórios de suas ações baseadas no ato de delegação devem estar prontamente disponíveis para o conselho quando solicidados.

8. O conselho está em sessão permanente nas formas de telecomunicação escolhidas pelo conselho para este propósito.

9. O conselho deve tentar tomar todas as decisões por consenso. Na ausência de consenso após um período de discussão, qualquer membro do conselho pode iniciar uma votação, por escrito. Votações devem ser abertas por pelo menos um período determinado previamente pelo conselho para este tipo de decisão. Se, a qualquer momento antes do fim do prazo, os votos válidos já determinarem o resultado, a decisão pode ser considerada efetiva imediatamente. Votos que não foram dados antes do fim do prazo são considerados inválidos. Votos são válidos somente se feitos por escrito.

10. Decisões de adicionar ou remover membros do conselho, modificar a constituição e protocolos para tomadora de decisões, encerrar a organização, criar ou encerrar qualquer de seus braços jurídicos, assim como delegar poder para tomar tais decisões, requerem aprovação de pelo menos dois terços dos votos válidos.

11. Todas as outras decisões em que não se alcançar consenso são tomadas por votação, de modo que a alternativa escolhida seja aquela que, quando comparada com cada uma das outras alternativas, é preferida à outra, i.e., uma maioria simples para decisões binárias, e um vencedor Condorcet para decisões mais gerais. Em tais decisões, o membro que inicia a votação contará seu próprio voto apenas caso desempate seja necessário. Ele pode votar ou alterar seu voto após o prazo, de forma que haja um desempate.

12. Ao participar da tomada de decisões da FSFLA, membros do conselho devem favorecer, acima de tudo, a missão da FSFLA, os objetivos da FSFLA, a própria FSFLA e a rede de FSFs, em ordem decrescente de importância, preferindo progresso no longo prazo a vantagens imediatas.

13. Membros do conselho podem, por escolha individual, delegar por escrito seus votos para outros membros do conselho.

14. Ao dizer 'por escrito', queremos dizer em papel, com firma reconhecida em cartório ou previamente registrada junto à FSFLA, ou em telecomunicações digitais escritas, com chaves de assinatura ou certificados reconhecidos em cartório ou previamente registrados. O conselho pode, em circunstâncias excepcionais, aceitar conteúdos não assinados como 'por escrito'.

15. O conselho poderá convidar observadores externos a participar da sessão permanente e outras comunicações internas. Observadores podem oferecer suas opiniões, mas não votam nem impedem consenso e por isso não responsáveis pelas decisões da FSFLA. De fato, não se deve supor que observadores apóiem ou concordem com estas decisões.

16. Todas as comunicações do conselho marcadas como confidenciais, de acordo com determinação do conselho, não devem ser divulgadas por membros ou observadores do conselho para terceiros. Na ausência de decisão contrária, membros e observadores do conselho, atuais e futuros, têm acesso permitido a comunicações confidenciais passadas e presentes, assim como para comunicações confidenciais futuras durante seu relacionamento com a FSFLA. A confidencialidade permanece após o término de tal relacionamento.

Braços jurídicos

17. O conselho pode decidir estabelecer organizações formais para agir em representação da FSFLA.

18. O conselho deve estabelecer mecanismos para assegurar que tais braços jurídicos permaneçam fiéis às decisões do conselho da FSFLA, e que seus bens e interesses estejam à disposição da FSFLA.

19. Exige-se de membros do conselho da FSFLA votantes em tais braços jurídicos que votem de acordo com as decisões do conselho da FSFLA, a menos que haja razões para acreditar que isso seria contra a lei. Neste caso, o membro deve avisar o conselho antecipadamente e dar tempo para o conselho mostrar que a decisão é legal ou rever a decisão.

Encerramento

20. Se o conselho da FSFLA decidir encerrar a organização, todos os recursos, bens e interesses possuídos por seus braços jurídicos, ou em posse de membros de conselho, devem ser transferidos para outros membros da rede de FSFs.

Como participar da FSFLA?

Existem diversas formas diretas e indiretas de participar e contribuir com o trabalho e os objetivos da FSFLA.

A forma mais direta de contribuir é envolver-se em algum dos espaços abertos e equipes de trabalho da organização.

Anúncios

Informações regulares sobre o nosso trabalho, tais como boletins mensais e divulgação de anúncios para imprensa.

Discussões

Lista geral de discussões sobre assuntos relacionados ao Software Livre, seu uso, distribuição e desenvolvimento na América Latina.

Traduções

Para todas as pessoas que puderem colaborar com tradução de documentos, páginas, boletins e outras informações necessárias para o trabalho da FSFLA em algum dos idiomas de trabalho da organização.

Campanha contra DRM

Se você quer participar da luta contra a ameaça dos DRMs (Gestão Digital de Restrições) na América Latina, una-se ao grupo da campanha contra DRM.

Campanha contra "Softwares Impostos"

Se você quer participar da Campanha da FSFLA contra "Softwares Impostos" no Brasil, mande para esta lista uma cópia da sua carta ao presidente do Brasil, sua assinatura para a petição contra os softwares impostos pela Receita Federal, assim como suas idéias, sugestões e denúncias.

Padrões Abertos Livres

Se você tem interesse em se envolver em ações de divulgação e incentivo ao uso de padrões que promovem interoperabiliadde e evitam monopólios e dependências exclusivas, e de denúncia e oposição a padrões proprietários, este grupo é para você.

Iniciativa (GNU)^2

Para aumentar o contato da FSFLA com comunidades e ativistas comprometidos com o Software Livre na América Latina, criamos a iniciativa de Grupos Nacionais de Usuários GNU (GNUGNU). Se você é membro de uma organização como essas ou gostaria de formar uma e quer trocar experiências, inscreva-se na lista.

Questões Legais

O grupo de assuntos legais da FSFLA se dedica a análise de tudo que esteja relacionado com aspectos jurídicos do Software Livre e o impacto das legislações, normas vigentes, tratados de livre comércio e outros processos legais sobre o uso, distribuição e desenvolvimento de Software Livre.

Eventos, stands e promoção

Discussões sobre presença da FSFLA em eventos, preparação de stands e material promocional, voluntariamento para presença em stands em eventos para apresentar a filosofia do Software Livre, trabalho e objetivos da FSFLA, da rede de FSFs e do projeto GNU ou simplesmente apresentar nossos materiais de divulgação: camisetas, pins, folhetos, bandeiras, adesivos, etc.

Sítio Web

O sítio web da FSFLA está em permanente construção. Informação pertinente sobre Software Livre na zona de atuação da FSFLA, sejam notícias, eventos, legislação, política, etc, podem ser apresentadas no sítio e são sempre bem-vindas.

Educação

Para cumprir com um dos objetivos prioritários da FSFLA, temos uma lista de e-mail para discussão sobre Software Livre na educação, à qual convidamos acadêmicos, educadores e ativistas interessados.

Modelos de Negócios

Também está ativa a lista de correios para trabalhar em modelos de negócios e assistência a projetos lucrativos, quer sejam individuais ou coletivos, empresariais, cooperativos ou de profissionais independentes que desejem trabalhar em empreendimentos baseados em Software Livre.

Administração Pública

Este grupo tem como objetivo de apoiar as administrações públicas e entidades governamentais que já trabalham em Software Livre ou estão avaliando a decisão política de incorporá-lo a suas agendas.

Imprensa

Se você trabalha na área de imprensa e difusão e quer colaborar com o trabalho de comunicação da FSFLA, contamos com uma lista para este fim. Ainda que as informações tratadas na lista não sejam confidenciais, a divulgação coordenada de anúncios é desejável, por isso solicitamos aos leitores e participantes que aguardem anúncios oficiais antes de divulgação.

Muito obrigado por colaborar com a FSFLA.

Obrigada GNUs!

A FSFLA gostaria de agradecer a todos os seus voluntários e voluntárias, mas especialmente:

Aurélio A. Heckert
design do logo da FSFLA.
Free Software Foundation Europe
hospedeira dos nossos serviços.
Lunix
ex-administradora dos nossos servidores.
Alfonso Alí Herrera
forneceu a informação jurídica de Cuba.
ONG Derechos Digitales de Chile
forneceu a informação jurídica do Chile.
Equipe de tradutores da FSFLA
responsável por traduções de documentos, mensagens, páginas e anúncios.
Luis Coelho, Eder Marques e Marcelo Santana
coordenação do stand das FSFs no FISL 7.0.
Mario Bonilla
registro e manutenção anual do nome de domínio fsfla.org.

O que é Software Livre?

"Software Livre" é uma questão de liberdade, não de preço. Para entender o conceito, você deve pensar em "liberdade de expressão", não em "cerveja grátis".

"Software livre" se refere à liberdade dos usuários executarem, copiarem, distribuírem, estudarem, modificarem e aperfeiçoarem o software. Mais precisamente, ele se refere a quatro tipos de liberdade, para os usuários do software:

Um programa é software livre se os usuários tem todas essas liberdades. Portanto, você deve ser livre para redistribuir cópias, seja com ou sem modificações, seja de graça ou cobrando uma taxa pela distribuição, para qualquer um em qualquer lugar. Ser livre para fazer essas coisas significa (entre outras coisas) que você não tem que pedir ou pagar pela permissão.

Você deve também ter a liberdade de fazer modificações e usá-las privativamente no seu trabalho ou lazer, sem nem mesmo mencionar que elas existem. Se você publicar as modificações, você não deve ser obrigado a avisar a ninguém em particular, ou de nenhum modo em especial.

A liberdade de utilizar um programa significa a liberdade para qualquer tipo de pessoa física ou jurídica utilizar o software em qualquer tipo de sistema computacional, para qualquer tipo de trabalho ou atividade, sem que seja necessário comunicar ao desenvolvedor ou a qualquer outra entidade em especial.

A liberdade de redistribuir cópias deve incluir formas binárias ou executáveis do programa, assim como o código-fonte, tanto para as versões originais quanto para as modificadas. Está ok se não for possível produzir uma forma binária ou executável (pois algumas linguagens de programação não suportam este recurso), mas deve ser concedida a liberdade de redistribuir essas formas caso seja desenvolvido um meio de cria-las.

Para que a liberdade de fazer modificações, e de publicar versões aperfeiçoadas, tenha algum significado, deve-se ter acesso ao código-fonte do programa. Portanto, acesso ao código-fonte é uma condição necessária ao software livre.

Para que essas liberdades sejam reais, elas tem que ser irrevogáveis desde que você não faça nada errado; caso o desenvolvedor do software tenha o poder de revogar a licença, mesmo que você não tenha dado motivo, o software não é livre.

Entretanto, certos tipos de regras sobre a maneira de distribuir software livre são aceitáveis, quando elas não entram em conflito com as liberdades principais. Por exemplo, copyleft (apresentado de forma bem simples) é a regra de que, quando redistribuindo um programa, você não pode adicionar restrições para negar para outras pessoas as liberdades principais. Esta regra não entra em conflito com as liberdades; na verdade, ela as protege.

Portanto, você pode ter pago para receber cópias do software GNU, ou você pode ter obtido cópias sem nenhum custo. Mas independente de como você obteve a sua cópia, você sempre tem a liberdade de copiar e modificar o software, ou mesmo de vender cópias.

"Software Livre" Não significa "não-comercial". Um programa livre deve estar disponível para uso comercial, desenvolvimento comercial, e distribuição comercial. O desenvolvimento comercial de software livre não é incomum; tais softwares livres comerciais são muito importantes.

Regras sobre como empacotar uma versão modificada são aceitáveis, se elas não acabam bloqueando a sua liberdade de liberar versões modificadas. Regras como "se você tornou o programa disponível deste modo, você também tem que torná-lo disponível deste outro modo" também podem ser aceitas, da mesma forma. (Note que tal regra ainda deixa para você a escolha de tornar o programa disponível ou não.) Também é aceitável uma licença que exija que, caso você tenha distribuído uma versão modificada e um desenvolvedor anterior peça por uma cópia dele, você deva enviar uma.

No projeto GNU, nós usamos "copyleft" para proteger estas liberdades legalmente para todos. Mas também existe software livre que não é copyleft. Nós acreditamos que hajam razões importantes pelas quais é melhor usar o copyleft, mas se o seu programa é free-software mas não é copyleft, nós ainda podemos utilizá-lo.

Veja Categorias de Software Livre (18k characters) para uma descrição de como "software livre", "software copyleft" e outras categoria se relacionam umas com as outras.

Às vezes regras de controle de exportação e sansões de comércio podem limitar a sua liberdade de distribuir cópias de programas internacionalmente. Desenvolvedores de software não tem o poder para eliminar ou sobrepor estas restrições, mas o que eles podem e devem fazer é se recusar a impô-las como condições para o uso dos seus programas. Deste modo, as restrições não afetam as atividades e as pessoas fora da jurisdição destes governos.

Quando falando sobre o software livre, é melhor evitar o uso de termos como "dado" ou "de graça", porque estes termos implicam que a questão é de preço, não de liberdade. Alguns temos comuns como "pirataria" englobam opiniões que nós esperamos você não irá endossar. Veja frases e palavras confusas que é melhor evitar para uma discussão desses termos. Nós também temos uma lista de traduções do termo "software livre" para várias línguas.

Finalmente, note que critérios como os estabelecidos nesta definição do software livre requerem cuidadosa deliberação quanto à sua interpretação. Para decidir se uma licença se qualifica como de software livre, nós a julgamos baseados nestes critérios para determinar se ela segue o nosso espírito assim como as palavras exatas. Se uma licença inclui restrições não previstas, nós a rejeitamos, mesmo que nós não tenhamos antecipado a questão sob estes critérios. Às vezes um requerimento de alguma licença levanta uma questão que requer excessiva deliberação, incluindo discussões com advogados, antes que nós possamos decidir se o que foi requerido é aceitável. Quando nós chegamos a uma conclusão sobre uma nova questão, nós frequentemente atualizamos estes critérios para tornar mais fácil determinar porque certas licenças se qualificam ou não.

Se você está interessado em saber se uma licença em especial se qualifica como uma licença de software livre, veja a nossa lista de licenças. Se a licença com a qual você está preocupado não está listada, você pode nos questionar enviando e-mail para <licensing@gnu.org>.

Copyright © 1996, 1997, 1998, 1999, 2000 Free Software Foundation, Inc., 51 Franklin St, Fifth Floor, Boston, MA 02110, USA

Objetivos da Fundação Software Livre América Latina (FSFLA)

Tal qual suas organizações irmãs, a Fundação Software Livre América Latina (FSFLA) terá como objetivo principal promover e defender a liberdade e os direitos dos usuários e programadores com relação ao software, especialmente a liberdade de desenvolver, usar, redistribuir e modificar todo o software que usam.

A FSFLA fomentará a participação de atores regionais no contexto global para resguardar o marco jurídico e filosófico do Software Livre, atuando em conjunto e de maneira articulada com as demais FSFs (Free Software Foundations) para promover e defender o Software Livre e para companhar e influir nas políticas que estejam relacionadas a ele.

Para isso, terá como funções:

  1. Difundir e promover o conceito de Software Livre, tal como é definido pela FSF.
  2. Participar e influir nos processos de tomada de decisão que afetem ou sejam afetados pelo Software Livre, para que cheguem a conclusões que sustentem e defendam sua filosofia e seus princípios.
  3. Defender os direitos dos usuários e desenvolvedores de Software Livre, oferecendo educação e suporte legal com relação ao uso, desenvolvimento, difusão e defesa do Software Livre, especialmente com relação a programas distribuidos sob as licenças próprias das FSFs.
  4. Auxiliar empreendimentos, públicos ou privados, sejam empresariais ou cooperativos, individuais ou coletivos que busquem consolidar novos modelos de negócio ou gestão baseados em Software Livre.
  5. Fomentar a participação ativa dos desenvolvedores e usuários de Software Livre da América Latina no desenvolvimento, melhora e adaptação de programas livres.
  6. Dialogar com os governos regionais para incentivá-los a adotar o Software Livre como política pública, e ajudá-los a dar um marco político adequado a esta política.
  7. Incentivar as instituições educacionais a usar exclusivamente Software Livre em todas as instâncias em que os alunos usem computadores.

Justificativa para cada função:

  1. Para compreender a importância do Software Livre para a sociedade, é importante que os usuários e desenvolvedores de software tenham um conhecimento amplo do significado e das conseqüências dos aspectos jurídicos e filosóficos vinculados ao software. Assim, a ampla divulgação deste conhecimento é conducente ao objetivo principal de ampliar a cada dia a quantidade de pessoas que usam, desenvolvem e redistribuem Software Livre.
  2. Em todas as esferas de regulação, desde as técnicas até as jurídicas, das locais as globais, são tomadas decisões que podem afetar os direitos das pessoas na era digital, e em particular a liberdade de desenvolver, usar e compartilhar programas livres. Estas regulações vão desde a implementação de DRMs (Digital Restriction Management - Gestão Digital de Restrições) até a prática de muitos organismos públicos de exigir programas proprietários para interagir eletronicamente com eles. Desde a negociação sobre a patenteabilidade de idéias de software a legitimidade de programas para decodificar certos formatos de dados, a liberdade de produzir e distribuir programas livres está ameaçada. A defesa dos direitos dos usuários e programadores seria tristemente incompleta sem uma abordagem comprometida destes assuntos.
  3. As licenças livres, em particular a GPL (GNU General Public License) e LGPL (GNU Lesser General Public License), têm sido objeto de ataques em todo mundo. Estes ataques se baseiam fundamentalmente na divulgação de informações errôneas para gerar temores e dúvidas sobre sua aplicação. Os usuários e desenvolvedores se beneficiarão com a intervenção da FSFLA diluindo temores e esclarecendo dúvidas, assim como respaldando juridicamente e fortalecendo o modelo de licenciamento que é o alicerce da comunidade.
  4. Para que os usuários e desenvolvedores possam preservar sua liberdade a longo prazo, é importante que o Software Livre continue mostrando que é um modelo sustentável para uma comunidade de usuários. Assim, apoiar a busca de modelos de sustentabilidade é um aporte significativo a liberdade dos usuários e desenvolvedores.
  5. A visão impulsionada pelo modelo proprietário é que o software é um produto industrial que se adquire em sua forma final, e que deve ser usado somente como o desenvolvedor o fez. Constrastando com este modelo, a FSFLA promoverá a participação de desenvolvedores latino-americanos em projetos de Software Livre, para demonstrar na prática que o software é uma técnica cultural que todos têm o direito de aprender e exercer. Quando as pessoas enxergarem seus próprios vizinhos participando em projetos de Software Livre, será mais fácil compreender que todos estamos convidados a participar em seu desenvolvimento, seja de forma direta escrevendo código, como de forma indireta pedindo e/ou pagando terceiros para que o façam. Esta mudança de atitude, de usuários passivos a co-responsáveis pelo desenvolvimento e manutenção dos programas, permite aos usuários entender melhor as virtudes do sistema social do Software Livre. A participação de programadores latino-americanos no desenvolvimento de projetos de Software Livre resultará em mais Software Livre para todos, e é a melhor forma na qual nós latino-americanos poderemos exercitar as habilidades necessárias para escrever, melhorar e dar suporte ao software que usamos.
  6. Quando os governos usam software, processam, armazenam e transmitem dados que são dos cidadãos, em cujo nome atuam. Cada vez que um governo renuncia a uma liberdade, o faz em nome de seus cidadãos, traindo a confiança deles e dando a entender com seu exemplo que a liberdade e a independência não são valores importantes. Ao utilizar software que não é livre para processar dados privados que seus cidadãos estão obrigados por lei a prover, a administração põe em risco a segurança e persistência dos mesmos, assim como a transparência de seu processamento. A contraparte natural da obrigação dos cidadãos a prover seus dados é o compromisso dos governos a submeter o processamento destes dados ao mesmo nível de transparência e cuidado público que o resto de seus atos. Isto só pode ser alcançado com Software Livre. Os governos também devem manter sua soberania sobre a informação que processam, e utilizar exclusivamente Software Livre é a única maneira de fazê-lo. Incentivar os governos a adotar políticas públicas baseadas em Software Livre é uma maneira de promover a independência, liberdade e transparência na administração pública.
  7. A educação não deve centrar-se exclusivamente em conteúdos, mas também em valores. Quando as instituições educacionais usam software não livre, divulgam valores que vão contra a sociedade: a idéia que software não se deve compartilhar, de que existe conhecimento que "é dos outros", e que portanto não temos o direito de aprendê-lo e sim somente de consumí-lo. Quem recebe este ensinamento terá poucas possibilidades de gozar e defender direitos que desconhecem. A FSFLA deverá portanto promover um modelo de educação baseado nos princípios de liberdade e cooperação, valores naturais da filosofia do Software Livre.

Declaração de Intenções - Fundação Software Livre América Latina

Há alguns meses formamos um grupo de pessoas com o objetivo de planejar a estrutura e estabelecer os objetivos da Fundação Software Livre América Latina (FSFLA), uma organização que surge como irmã da Free Software Foundation Norte Americana (FSF), da Free Software Foundation Europe (FSFE) e da Free Software Foundation Índia.

Iniciamos as discussões em novembro de 2004 visto que, com a crescente popularização do uso de Software Livre no mundo, é importante a consolidação de uma rede de FSFs regionais que trabalhem articuladas, sustentando e fortalecendo a filosofia, o marco jurídico e os ideais do Software Livre, de acordo com a definição da FSF.

A FSFLA surge como mais um ator no fortalecimento desta rede internacional de FSFs.

Traçamos como objetivo principal da FSFLA agir em conjunto com as demais FSFs para promover e defender o Software Livre, e também acompanhar e influenciar em políticas que afetem, influenciem ou sejam influenciadas pelo Software Livre.

Estamos trabalhando em conjunto com Richard Stallman e Georg Greve, presidentes da FSF e FSFE respectivamente, como forma de manter a sintonia entre a FSFLA e as outras organizações irmãs existentes.

Ser uma organização irmã significa praticar os mesmos valores, filosofia e compartilhar objetivos. O trabalho coordenado com as outras organizações irmãs é especialmente importante para evitar a sectarização do nosso movimento.

Neste momento, nosso núcleo está formado por:

Estamos dando pasos lentos porém firmes para fortalecer nossa rede, convictos que devemos manter a maturidade, integridade e solidez de nossa equipe de trabalho.

Neste momento, estamos traçando os objetivos específicos de nossa organização e os fundamentos políticos de seu funcionamento, que certamente estarão articulados com a linha de trabalho de nossas organizações irmãs a nível internacional.

Caso queira nos contatar, esteja a vontade para fazê-lo através do endereço info@fsfla.org.

Além disso, se quiser somente ser informado a respeito do progresso da constituição de nossa organização, você pode assinar nossa lista de anuncios.

Last update: 2008-02-21 (Rev 2811)

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